Função & papel – uma ambiguidade perigosa

Simon

Este título é de um tema que discuto com executivos e dirigentes de empresas em workshops e encontros de norte a sul do país. Quando peço aos participantes que me expliquem “qual a sua função” ninguém encontra dificuldade alguma em me dizer. Agora, quando peço que me digam “qual o seu papel” geralmente ficam olhando para mim com uma expressão do tipo “como assim”? Você, leitor desta coluna, saberia responder?

Este tipo de dúvida é de se esperar porque as organizações sempre valorizaram a função e pouco o papel. Qualquer processo de recrutamento que se preze começa com uma descrição de cargo. Na verdade, a primeira grande ambiguidade começa aí mesmo uma vez que pouco ou nada se descreve do cargo neste documento e quase somente se trata das habilidades e qualificações demandadas do pretenso ocupante ao mesmo.

Contratado o profissional, ele será posteriormente avaliado pela sua capacidade de exercer as suas funções, vale dizer, de entregar o que dele se espera. Como se sai no desempenho de suas habilidades e competências. Supondo que continue indo bem, será promovido, e promovido, e promovido sempre sendo avaliados pelos seus resultados concretos e individuais.

A partir de um certo momento, esta mesma pessoa estará pronta para ser demitida! Sabem por que? Por uma infinidade de possibilidades de ela ter cometido erros ou omissões de natureza comportamental. Ou seja, por não ter cumprido adequadamente o que se esperava dela do ponto de vista atitudinal, de posturas com relação a terceiros e á própria hierarquia superior. Coisas como, não se comunicava com seus pares ou subordinados. Não desenvolvia sua gente. Era arrogante. Não sabia ouvir. Não se portava dentro das expectativas que a empresa esperava dela! Ou seja, ela não exercia adequadamente o seu PAPEL!

Resumindo: função é o que você faz, é tarefa, é conteúdo, é algo que pode ser medida, é individual. Já PAPEL é como você faz, é como você se mostra, é o que você representa, é como você é visto. É você em relação aos outros.

Ser bom na sua função é muito importante, mas não é suficiente. Sempre poderá haver alguém tão bom ou melhor do que você para fazer o que você faz. Mas quando você junta a isso ser bom no exercício do seu PAPEL, você acabará sendo reconhecido pelo seu valor pessoal e se tornará difícil de substituir.

Simon M. Franco, CEO
Simon Franco Corporate Talent
Seleção, Aconselhamento para Gestores, Governança Familiar
simon.franco@simonfranco.com.br

Função & papel – uma ambiguidade perigosa

Simon

Este título é de um tema que discuto com executivos e dirigentes de empresas em workshops e encontros de norte a sul do país. Quando peço aos participantes que me expliquem “qual a sua função” ninguém encontra dificuldade alguma em me dizer. Agora, quando peço que me digam “qual o seu papel” geralmente ficam olhando para mim com uma expressão do tipo “como assim”? Você, leitor desta coluna, saberia responder?

Este tipo de dúvida é de se esperar porque as organizações sempre valorizaram a função e pouco o papel. Qualquer processo de recrutamento que se preze começa com uma descrição de cargo. Na verdade, a primeira grande ambiguidade começa aí mesmo uma vez que pouco ou nada se descreve do cargo neste documento e quase somente se trata das habilidades e qualificações demandadas do pretenso ocupante ao mesmo.

Contratado o profissional, ele será posteriormente avaliado pela sua capacidade de exercer as suas funções, vale dizer, de entregar o que dele se espera. Como se sai no desempenho de suas habilidades e competências. Supondo que continue indo bem, será promovido, e promovido, e promovido sempre sendo avaliados pelos seus resultados concretos e individuais.

A partir de um certo momento, esta mesma pessoa estará pronta para ser demitida! Sabem por que? Por uma infinidade de possibilidades de ela ter cometido erros ou omissões de natureza comportamental. Ou seja, por não ter cumprido adequadamente o que se esperava dela do ponto de vista atitudinal, de posturas com relação a terceiros e á própria hierarquia superior. Coisas como, não se comunicava com seus pares ou subordinados. Não desenvolvia sua gente. Era arrogante. Não sabia ouvir. Não se portava dentro das expectativas que a empresa esperava dela! Ou seja, ela não exercia adequadamente o seu PAPEL!

Resumindo: função é o que você faz, é tarefa, é conteúdo, é algo que pode ser medida, é individual. Já PAPEL é como você faz, é como você se mostra, é o que você representa, é como você é visto. É você em relação aos outros.

Ser bom na sua função é muito importante, mas não é suficiente. Sempre poderá haver alguém tão bom ou melhor do que você para fazer o que você faz. Mas quando você junta a isso ser bom no exercício do seu PAPEL, você acabará sendo reconhecido pelo seu valor pessoal e se tornará difícil de substituir.

 

Simon M. Franco, CEO
Simon Franco Corporate Talent
Seleção, Aconselhamento para Gestores, Governança Familiar
simon.franco@simonfranco.com.br