Sucessão & Governança Corporativa

Simon M. Franco & Alexandre Inserra
Simon Franco Corporate Talent / PRIMORIUM Management Consulting

Recentemente numa reunião com um empresário ouvimos a seguinte frase: “Meu sucessor está preparado, mas eu não consigo deixá-lo assumir.”

Respiramos fundo. Não era a primeira vez que ouvíamos isso — e certamente não será a última.

Governança corporativa não é apenas sobre Conselhos, organogramas ou relatórios para investidores. Governança é, acima de tudo, um exercício de desapego, coragem e responsabilidade emocional.
E quando falamos de sucessão, aí a coisa pega.

Muitas empresas familiares confundem laços sanguíneos com competência. E aí vemos histórias se repetirem: o fundador que não solta o leme, o sucessor que não sabe se é filho, ou Diretor.

Querem governança sem abrir mão do controle. Querem sucessão sem abrir mão do ego.

A verdade é que preparar um sucessor é fácil no papel e difícil na alma. Exige mais do que um plano de desenvolvimento e treinamentos técnicos. Exige conversas difíceis.

E não se trata apenas de filhos. A sucessão bem-sucedida começa quando a liderança compreende que ninguém é insubstituível — nem mesmo o fundador. Uma empresa madura é aquela em que os cargos se renovam sem traumas e onde a transição é um processo, não uma ruptura.

Governança verdadeira é quando as regras valem para todos — inclusive para quem as criou.
Sucessão saudável é quando a transição acontece enquanto ainda há tempo para corrigir erros, passar bastão e construir confiança.

Simon Franco
SIMON FRANCO CORPORATE TALENT
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