As empresas que podem ser consideradas “de excelência” são uma absoluta minoria. O que as torna desiguais são, em essência, dois fatores extremamente raros de encontrar: colaboradores engajados e gestores que sabem e praticam a diferença entre FUNÇÃO e PAPEL!
O que vemos no mundo real atestado por pesquisas credenciadas é que menos de 30% dos colaboradores estão engajadas! Isso já nos posiciona quanto ao quesito engajamento.
E o que mais comumente se observa no nível dos gestores são profissionais pressionados por resultados, mergulhados cada vez mais na sua FUNÇÃO (no que fazem) e cada vez menos exercendo o seu PAPEL (o que representam)!
Curioso observar que quando, em palestras e workshops, abordo este tema, todos afirmam conhecer perfeitamente a diferença entre FUNÇÃO e PAPEL. Mas quando peço, a título de mero exemplo, que me apontem alguma aplicação prática que caracterize a diferença, muito poucos conseguem fazer isso com algum acerto.
Vejamos isso reduzido talvez à sua mais simples expressão: qual a FUNÇÃO de pai, ou de mãe? A resposta quase imediata é assegurar uma boa educação, proporcionar cuidados com a saúde, gerar um ambiente seguro, etc., mas quando peço que me digam qual o PAPEL de pai, ou de mãe, a coisa tende a ficar bem menos clara.
Aplicando o conceito ao mundo corporativo, FUNÇÃO é aquilo que você tem a obrigação de executar com esmero e competência porque é a razão de ser do seu cargo ou posto. É para isso que lhe contratam e lhe pagam. Uma abordagem essencialmente racional, de troca! Sem sentimentos.
Seu PAPEL, em contraste, é o quanto você se engaja, se compromete, se emociona, se dedica muito além do dever cumprido. Uma atuação motivada que vem das entranhas! Uma relação emocional com satisfação de ganha-ganha.
Nas organizações em que os gestores praticam apenas a hierarquia de chefe e se concentram predominantemente na sua FUNÇÃO, o máximo que se poderá esperar dos colaboradores é que também se limitem a cumprir a sua FUNÇÃO de forma absolutamente impessoal e que no final do dia não sobre sensação alguma.
Nas empresas em que os gestores atuam como verdadeiros líderes, que inspiram e motivam suas equipes, a tendência natural é que vejamos os colaboradores praticando cada vez mais o seu PAPEL, interagindo, focando no todo e não apenas nas partes, fazendo mais do que a sua obrigação, visualizando o cliente e o mercado como seus verdadeiros chefes.
Como head hunter com algumas décadas de experiência posso afirmar sem pestanejar que profissionais são promovidos por serem bons nas suas respectivas FUNÇÕES, mas acabam demitidos, ou congelados na sua carreira, por não cumprirem adequadamente o seu PAPEL!
Estas distorções são grandemente responsáveis por impedir que as empresas sejam consideradas ¨de excelência¨. Corrigir isso não é fácil. Mas é viável. Teria muito prazer em lhe mostrar como.
Simon M. Franco, CEO da Simon Franco Recursos Humanos
Palestrante com “um jeito diferente de pensar”
Executive Search, Corporate Performance, Sucessão Familiar
simon.franco@simonfranco.com.br